Crítica literária de A Farsa de Inês Pereira
Gil Vicente é tido como o maior prógono do teatro português. Foi através dele que o teatro português foi conquistando um patamar elevado. Pois ele conseguiu unir e conciliar a linguagem poética com a linguagem corrente, popular. Trazendo também uma sonoridade para a poesia, criando-se a fala musical, aumentando assim a vivacidade das palavras. Em suas obras podemos identificar uma transição do português arcaico para o português atual usando vocabulários modernos.
Todo o trabalho de Gil Vicente teve um papel significativo para a transição da Era Medieval para a Era Renascentista. Ele achou uma maneira de criticar a sociedade de uma forma cômica sem ser censurado por isso. Podendo fazer livremente a sua sátira sem ser repreendido pela corte ou até mesmo pela Igreja. Podemos dizer que Gil Vicente foi um “faz tudo” da Literatura Portuguesa
Vida e obra de Gil Vicente
O livro em questão chama-se A Farsa de Inês Pereira e como autor, temos Gil Vicente. Nessa obra, Gil Vicente faz uma caricatura contra os maus costumes e apresenta uma crítica social categórica, mordaz, carregada de alusões pessoais. Mas antes de entendermos o conteúdo da obra veremos quem foi esse tão aclamado autor chamado Gil Vicente.
Gil Vicente poeta, trovador, filósofo, ourives, dramaturgo, tido como comediógrafo e considerado, por muitos, como o pioneiro do teatro português. Nasceu na cidade de Guimarães em Portugal e não se sabe ao certo a data específica, contudo alguns historiadores acreditam ser por volta de 1465. Sabe-se que foi casado com Branca Bezerra de quem teve dois filhos, Gaspar Vicente que morreu em Lisboa vítima de uma peste e Belchior Vicente que com a morte do irmão o sucedeu no serviço da capela real.
Desconsolado, Gil Vicente casou-se novamente. Milícia Rodrigues, sua segunda esposa, deu-lhe três filhos: Paula Vicente, Luís Vicente e Valéria Borges. Paula Vicente sobressaiu-se na Corte Portuguesa e unida da infanta Maria, filha de