criminologia

491 palavras 2 páginas
Da anormalidade social:

A criminologia produz um discurso complementar, que permite ao Judiciário remeter-se ao social, tendo como ponto de apoio o estudo das causas sociais do crime. Produzindo a figura do criminoso de maneira anormal, acaba caracterizando a transgressão à lei como sintoma da anormalidade. A figura do Estado aparece como regulador apolítico, tendo seu compromisso repassado ao Judiciário, o qual tal anormalidade como estratégia de poder de repressão social.
A Psiquiatria, em contribuição ao direito penal, sempre remeteu ao social ou às causas sociais da doença mental. Inicialmente vinculada ao discurso da degeneração, a qual encontrava no doente mental um degenerado e associava as classes pobres. Mais tarde, a doença mental passou a ser vista como produto da interação dos fatores hereditários com causas ambientais. Na verdade o que ser herda é a disposição à doença, a qual só se concretizará com a interação de fatores externos, os quais geralmente ligados à pobreza. Para a Psiquiatria, o combate ao crime só se dá em toda sua plenitude, se além do diagnóstico e tratamento das patologias relacionadas ao crime, políticas de vigilância sobre as famílias, por exemplo. A causa biológica na determinação do perfil de criminosos, nos faz pensar na organização da família como produtora de crime.
Tratando do meio como produtor de criminosos, estará sempre atrelada a ideia de pobreza com crime. Essa ideia apresenta duas vertentes. A primeira trata da miséria, a qual produz um mal-estar físico, levando a um mal-estar moral, o que gerará no criminoso. Já ao lado da desnutrição e condições não higiênicas do meio ambiente, haverá o enfraquecimento dos hábitos, gerando uma perpetuação dos vícios. Conclui-se que a miséria gera doenças somáticas, lado a lado com anomalias morais. O segundo tipo de articulação entre miséria e crime presente no discurso da chamada criminologia crítica é o que relaciona não a miséria em si, mas a desigualdade na distribuição

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