Corante

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PIGMENTOS E CORANTES NATURAIS: ENTRE AS ARTES E AS CIÊNCIAS

Perspectivando que cada vez mais importa assumir o carácter interdisciplinar dos objectos que se constituem como gestos culturais obtidos pela apropriação humana da natureza, verifica-se como os pigmentos e os corantes naturais constituem um caso paradigmático desta realidade.
Para mais é esta realidade enriquecida pela circunstância de neles convergirem, quer uma longa tradição nas artes e nos ofícios, quer um tratamento específico, nomeadamente biológico e químico, ao longo da formulação do conhecimento científico moderno.
Aspecto a que se aliam, ainda, contextos com repercussão na actualidade, onde os saberes – fazeres acumulados continua a intervir, independentemente ou integrados como meios auxiliares das ciências de ponta, no caso, por exemplo a citologia e a fisiologia. De tal modo que estamos perante técnicas com um uso remoto ou mais recente, particularmente ricas, pelo seu lado de objectos científicos multifacetados.
Sendo o Alentejo uma zona portuguesa onde esta herança se alia a uma cultura muito viva – lembrem-se os corantes dos tapetes de Arraiolos e das primitivas mantas alentejanas, bem como os pigmentos usados nos frescos antigos, na olaria e nas casas, - estaremos, pois, perante um objecto de estudo, com uma forte vertente local, aliada a uma realidade também global.
Assumindo todos estes factores, os investigadores deste projecto, pretendem estudá-los teoricamente e contribuir para actividades práticas, tendendo para a criação de um Jardim Botânico de Plantas Tintureiras, a implementar no Pólo da
Mitra da Universidade de Évora.

Comissão científica
Alexandra Soveral Dias, UE, Biologia
Ana Luísa Janeira, UL, História e Filosofia das Ciências
António José Candeias, UE, Química
Celeste Santos e Silva, UE, Biologia
Lucília Valente, UE, Estudos Teatrais
Mariana Valente, UE, Física
Virgínia Henriques, UE, Geografia

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Programa
WORKSHOP
PIGMENTOS