Contribuição dos jesuítas para a educação no Brasil

HILSDORF, Maria Lúcia Spedo.
História da educação brasileira: leituras, 2011

Contribuição dos jesuítas para a educação no Brasil

Maria Lúcia Spedo Hilsdorf inicia o Capítulo do seu livro História da Educação Brasileira, levando o leitor a uma reflexão sobre a atuação e contribuição dos jesuítas para o início da educação no Brasil. Relata de maneira esclarecedora a ambiguidade encontrada nos relatos sobre a atuação dos jesuítas e de como eles são interpretados no decorrer do tempo. Na bibliografia tradicional esses primeiros educadores são vistos através de uma perspectiva positiva, onde provavelmente são vistos dessa forma, porque os autores dessa época são seguidores do historiador oficial da Companhia de Jesus. A bibliografia das décadas de 70 e 80 é abordada de uma forma mais crítica e negativa, já que os autores que englobam essas obras abrangem diferentes campos do conhecimento.
Conforme o texto, atualmente “os estudos adotam uma posição mais equilibrada e procuram ver os jesuítas como homens do seu tempo”. E é esse o caminho seguido pela autora, onde o leitor pode ter esclarecimentos mais reais de como foi a atuação dos jesuítas de acordo com o seu próprio tempo histórico.
No ponto de vista do Quinhentismo, observam-se as duas Diacronias com os mesmos ideais, ou seja, a nobreza e clero têm o mesmo interesse “nobreza e clero querem defender a estrutura social tripartile e hierarquizada – os que lutam, os que rezam e os que trabalham”.
A atuação dos jesuítas no século XVI, de acordo com o texto deve ser vista como uma “missão”, o que pode ser interpretado de maneira positiva, pois daí começou a desmistificação dos interesses medievais sobre a sociedade. O lado negativo dos jesuítas nessa época pode ser dado ao fato deles quererem apagar as diferenças dos homens, tentando transformar todos em cristãos e os obrigando a deixarem seus costumes e suas religiões.
Hilsdorf mostra no texto que a igreja e a coroa portuguesa defendem o mesmo