Contextos

Educação de Jovens e Adultos

A obra Educação de jovens e adultos, de Maria Antônia de Souza, traça a trajetória percorrida pela EJA no Brasil, através de quatro capítulos, em que são abordados fatos da história da educação de jovens e adultos, analisando a legislação educacional, a formação e a prática dos educadores, além das experiências dessa modalidade de educação no final do século XX e início do século XXI. Geralmente, os estudos pedagógicos priorizam a educação básica, o que torna ainda mais importante a leitura e análise dessa obra para que se conheça melhor a EJA, reconhecendo essa modalidade de educação como fundamental para o ensino brasileiro.
No primeiro capítulo, Um pouco de história da EJA no Brasil, a autora analisa três aspectos essenciais para o entendimento da educação de jovens e adultos. O primeiro aspecto é constituído pelo estudo dos antecedentes dessa modalidade, que se chamava educação popular e educação de adultos, e já apresentava como objetivo principal minimizar as desigualdades sociais desencadeadas a partir de uma educação sem qualidade e despreparada para enfrentar as dificuldades apresentadas por aqueles indivíduos que perderam a idade ideal para estudar.
Historicamente, são registrados fatos que comprovam a preocupação dos governos em relação à alfabetização de adultos, para que índices vergonhosos de analfabetismo pudessem ser extintos e a educação passou a ser necessária para a elevação cultural da nação. Além disso, o trabalhador analfabeto sempre foi marginalizado, e excluído da legislação brasileira. Na década de 1870, as escolas noturnas foram criadas como uma tentativa, ainda precária, para melhorar essa situação.
Foi ao longo do século XX que a educação popular recebeu maior valorização, e a educação de adultos deixou de ser tratada somente como alfabetização, para que o ensino supletivo fosse estabelecido de forma mais efetiva. A partir de meados desse mesmo século, as campanhas de EJA iniciaram, exigindo iniciativas