contexto habitacional no Brasil
Proporcionar Habitação para a população urbana não significa somente possibilitar o acesso a unidades habitacionais, entendidas simplesmente como abrigos.
A Habitação constitui um conjunto de elementos além da unidade propriamente dita, supondo a existência de infra-estrutura urbana (redes de água e esgoto, iluminação pública, drenagem pluvial, pavimentação, redes de informação, etc) e serviços urbanos (transporte, saúde, educação, coleta de lixo, lazer, cultura, etc.). Este conceito da “unidade + infra-estrutura urbana + serviços urbanos” sempre estiveram presentes nas discussões sobre a produção habitacional, embora, nem sempre foram efetivadas.
Porém, veremos que os primeiros conjuntos produzidos inovaram tanto na tecnologia quanto nos conceitos propostos. O início do processo de industrialização do país teve, como principais atividades, a indústria têxtil, seguida pela de produto alimentícios.
Por volta da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), da produção de tecidos consumidos no país, 80% eram nacionais; porém, no campo da construção havia carência de uma indústria de base que produzisse cimento, ferro, aço, máquinas e equipamentos. O destaque fica, segundo o autor, para a década de 20, pelo incentivo à criação das indústrias: Siderúrgica Belgo-Mineira, em Minas Gerais, 1924 e a Companhia de Cimento Portland, em São Paulo,com a produção iniciada em 1926.
O Brasil se manteve um país predominantemente agrícola até 1930; os dados do censo de 1920 apontavam que dos 9,1 milhões de pessoas em atividades, 69,7% se dedicavam à agricultura; 13,8% à industria e 16,5% aos serviços. O destaque ficou para o início do processo de industrialização no Estado de São Paulo, além da diversificação agrícola e urbanização.
Na cidade de São Paulo, verificou-se que o crescimento da população passou de 64.934 para 239.820 habitantes no período de 1890 a
1900, representando um crescimento anual de 14%, e esse processo desencadeou a