Consumir conscientemente

A tecnologia nos oferece, a cada dia, novas formas de conforto e lazer. É uma infinidade de projetos e produtos que se tornam obsoletos rapidamente e são substituídos para atender novas demandas de consumo. Assim, os recursos naturais estão se esgotando, e as montanhas de lixo ameaçam afogar o planeta. Em 50 anos, a população mundial passou de aproximadamente 2,5 bilhões de pessoas para 6 bilhões consumindo diariamente água, energia, alimentos, roupas, calçados, produtos, eletrônicos, automóveis. O consumo irresponsável ameaça a vida do planeta. A humanidade já consome 25% mais recursos naturais do que a capacidade de renovação da Terra. O qual se apropriou da natureza de forma exploratória e irracional e ao mesmo tempo estabelecendo, desde então, uma cultura voltada para o consumo e o descarte frenético, coloca o planeta em risco de estagnação. Quanto a isso, Guimarães (2008, p.84) argumenta que “o modelo em questão prima pelos interesses privados (econômicos) frente aos bens coletivos (meio ambiente), consubstanciando-se em uma visão antropocêntrica de mundo, gerador de fortes impactos ambientais”. “Até então se acreditava que o crescimento econômico não tinha limites e que o desenvolvimento significava dominar a natureza e os homens” (BERNARDES & FERREIRA, 2006, p. 17). Consumo consciente ou sustentável é consumir somente o necessário e dar preferência a produtos e serviços que causam o mínimo de impacto ao meio ambiente. Estas práticas estão relacionadas à diminuição da poluição, incentivo à reciclagem e eliminação do desperdício.
De acordo com Keller (1993) os atributos que levam uma pessoa ao consumismo podem ser aspectos externos de um produto que afetam a intenção de compra. Keller (1993) classifica estes aspectos externos em quatro tipos: (i) informação de preço, (ii) embalagem ou aparência do produto, (iii) imagens do usuário (que tipo de pessoa usa o produto ou serviço) e (iv) imagens de uso (onde e em que tipo de situação o produto ou