Comparada

6165 palavras 25 páginas
O Receptor como Produtor de Sentido: estudos culturais, mediações e limitações
Rafael do Nascimento Grohmann1

Resumo
O artigo pretende discutir os estudos de recepção mais relevantes a partir do momento em que o receptor passou a ser visto como sujeito produtor de sentido. Após uma revisão crítica dos estudos culturais ingleses, latino-americanos e dos autores brasileiros, há o apontamento de possíveis diálogos de estudos no campo da recepção, de acordo com uma interação entre a “teoria das mediações” e a “teoria da prática”.

Palavras-chave: Recepção; Estudos Culturais; Mediação.

No início do século XX, os estudos na nascente área de comunicação de massa privilegiaram a análise da função do emissor nos modelos comunicacionais. Emblemática desta postura foi a teoria da agulha hipodérmica, ou teoria da bala, com grande ênfase funcionalista, supondo enorme poder dos meios em conformar o espaço social em seu entorno. Contudo, na segunda metade do século XX (com ênfase redobrada a partir da década de 80), outras tradições teóricas procederam ao resgate do papel do receptor e à sua não-reificação, compreendendo-o não mais como uma “ameba”, como diz Mauro Wilton de Sousa (1995). Buscava-se pelo sujeito nos estudos de comunicação e se começou a estudar menos o que os meios fazem com as pessoas, e sim o que as pessoas fazem com os meios de comunicação.
O presente artigo pretende mostrar os avanços e apontar possíveis aspectos a serem melhor estudados nos estudos de recepção a partir de uma revisão dos estudos culturais

1

Graduando em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), bolsista de iniciação científica PIBIC/CNPq/UFJF, orientado pelo Prof. Paulo Roberto Figueira Leal, da Faculdade de
Comunicação da UFJF.
Revista Anagrama – Revista Interdisciplinar da Graduação
Ano 2 - Edição 4
Junho-Agosto de 2009
Avenida Professor Lúcio Martins Rodrigues, 443, Cidade Universitária, São Paulo, CEP: 05508-900

Relacionados

  • LITERATURA COMPARADA
    1108 palavras | 5 páginas
  • HISTORIA COMPARADA
    1929 palavras | 8 páginas
  • Psicologia comparada
    1213 palavras | 5 páginas
  • Anatomia comparada
    787 palavras | 4 páginas
  • Literatura Comparada
    9151 palavras | 37 páginas
  • politica comparada
    2275 palavras | 10 páginas
  • Educação comparada
    2761 palavras | 12 páginas
  • Fisiologia Comparada
    1296 palavras | 6 páginas
  • literatura comparada
    3283 palavras | 14 páginas
  • Politica comparada
    7391 palavras | 30 páginas