Ciência Nuclear
Introdução
A palavra “ciência” vem do latim e significa sabedoria, sendo o conhecimento de caráter racional, sistemático, seguro dos fatos e dos fenômenos do mundo. Assim, à Ciência Nuclear, cabe estudar os núcleos atômicos, abrangendo seu comportamento na natureza, sua manipulação em laboratório, a emissão de partículas, radiações e energia, além do uso destas pelo homem.
Desde a descoberta das radiações, o ser humano vem explorando esse recurso, buscando sua melhor compreensão e formas de uso que facilitem o nosso cotidiano. Para isso, construíram-se reatores nucleares, laboratórios e, infelizmente, bombas.
No período de aproximadamente um século, o mundo vêm presenciando acidentes e desastres causados pela radioatividade. Casos tanto como vazamentos em usinas, seja por erro humano (Chernobyl) ou fator natural (Fukushima), como de chacina, quando se dispararam as bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki. Depois de tantos casos e prejuízos – financeiros, naturais e humanos –, o preconceito instalou-se e fez-nos acreditar que os estudos nucleares só trazem problemas e nenhuma vantagem. Entretanto, esquecemo-nos de olhar para os resultados como a radioterapia, os diagnósticos feitos por raio X, os estudos arqueológicos feitos a partir do carbono-14 e tantos mais, todos bons e promissores.
Radioatividade
Radioatividade é o fenômeno que o núcleo instável emite partículas e ondas para atingir a estabilidade. Não depende do estado físico, fatores químicos, temperatura ou pressão, pois está relacionado ao núcleo do átomo, e não à eletrosfera. Existe a radioatividade natural, que se manifesta nos elementos radioativos e isótopos, encontrados na natureza, e a radioatividade produzida em laboratório por transmutações nucleares.
A descoberta da radioatividade natural é um dos marcos inicias da ciência moderna. No final do século XIX o físico Hoentgen, trabalhando com raios catódicos, percebeu que esses ao se chocarem com vidros ou metais,