Cinema, cineclubismo e educação

RIO DE JANEIRO, 15 DE SETEMBRO DE 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – UNIRIO
ESCOLA DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA
DEPARTAMENTO DE DIDÁTICA
DISCIPLINA: TÓPICOS ESPECIAIS EM CINEMA E EDUCAÇÃO
PROF.ª DR.ª ADRIANA HOFFMANN FERNANDES
ALUNA: MAYSA DE ANDRADE LOPES

Cinema, cineclubismo e educação.
Valoriza-se muito, em nossa cultura, a linguagem escrita e a importância de se conhecer obras literárias e seus autores, entretanto, pensando a educação como um processo de socialização, e reconhecendo que em sociedades audiovisuais como a nossa, o domínio da linguagem audiovisual é requisito fundamental para que possamos transitar em diferentes campos sociais, a leitura de imagens e a prática de ver e analisar filmes passa a ter reconhecida sua relevância e importância no nosso cotidiano.
“Ver filmes é uma prática social tão importante do ponto de vista da formação cultural e educacional das pessoas, quanto a leitura de obras literárias, filosóficas, sociológicas e tantas mais” (Duarte, 2002, p. 17).
Segundo Bordieu (1979 apud Duarte 2002), a experiência das pessoas com o cinema contribui para desenvolver o que a autora chama de “competência para ver”. Entretanto, o desenvolvimento de tal competência não se restringe ao simples ato de assistir a filmes, esta competência tem ligação com o contexto social e cultural dos sujeitos, o que reforça a perspectiva de consumo do autor Nestor Canclini (2001): as leituras, releituras e as apropriações realizadas pelo sujeito estão diretamente ligadas a cultura dos grupos que este frequenta.
Para Ismail Xavier o cinema é arte, uma versão da realidade. O autor pesquisa e dimensão formadora do cinema enquanto arte e entretenimento, e afirma que “um cinema que educa é um cinema que faz pensar” (2008 p.15), ou seja, para o autor, a educação através do recurso audiovisual se dá quando o espectador sai, ou é retirado, de sua zona de conforto, e quer assistir novamente ao filme, entender melhor. Na