Ciencias
Paula M. Koseki*, Paulo Rela*, Paulo C. D. Freitas**, Elfriede M. Bacchi**, Anna Lúcia C. H. Villavicencio*
*Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP Centro de Tecnologia das Radiações – CTR – Lab. de Análise e Detecção de Alimentos. Travessa R. nº 400, Cidade Universitária. CEP: 05508-910 São Paulo, Brasil. E-mail: villavic@net.ipen.br
**Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP - FCF/USP São Paulo, Brasil. E-mail: lenach@usp.br
RESUMO
As plantas são utilizadas como medicamentos e alimentos, desde os tempos antigos, atuando e influenciando significativamente na relação homem/vegetal. Atualmente é crescente o interesse por medicamentos fitoterápicos e princípios ativos naturais como alcalóides, flavonóides, óleos essenciais, taninos e outros. A preocupação com a contaminação microbiana da matéria prima vegetal é alvo de estudos bem como o desenvolvimento de técnicas apropriadas para a redução destes microorganismos. Assim sendo, o processo de irradiação é reconhecido como seguro para uma enorme variedade de produtos e aplicações. É efetivo na redução do crescimento de organismos patogênicos e no aumento da vida útil dos produtos alimentícios, por exemplo. Com o intuito de observar as possíveis modificações nos constituintes químicos das tinturas vegetais de maracujá (Passiflora edulis e P. alata) provocadas pela radiação gama nas doses de 0, 5, 10, 15, 20, 25 e 30 kGy. Após a extração do pó da droga vegetal pelo processo de percolação, a tintura foi submetida à irradição numa fonte GammaCell de 60Co e utilizando-se a técnica de cromatografia em camada delgada e leitura da absorção no espectro UV foi possível observar que não houveram alterações substanciais nos perfis cromatográficos e nos espectros UV das soluções submetidas à diferentes doses.
I. INTRODUÇÃO Desde os tempos antigos, a humanidade vem utilizando produtos naturais de origem vegetal tanto no tratamento de doenças