Cienaias

1304 palavras 6 páginas
A sociedade do espetáculo

A Sociedade do Espetáculo é o trabalho mais conhecido de Guy Debord. Em termos gerais, as teorias de Debord atribuem a debilidade espiritual, tanto das esferas públicas quanto da privada, a forças econômicas que dominaram a Europa após a modernização decorrente do final da segunda grande guerra.
Ele faz a crítica, como duas faces da mesma problemática, tanto ao espetáculo de mercado do ocidente capitalista (o espetacular difuso) quanto o espetáculo de estado do bloco socialista (o espetacular concentrado).
Uma teoria crítica como esta não tem que ser mudada; não enquanto não tiverem sido destruídas as condições gerais do longo período da história de que esta teoria terá sido a primeira a definir com exatidão. A continuação do desenvolvimento do período não fez senão confirmar e ilustrar a teoria do espetáculo cuja exposição, aqui reiterada, pode também ser considerada como histórica em uma acepção menos elevada: testemunha o que foi a posição mais extremada por ocasião das disputas de 1968 e, portanto do que já era possível saber em 1968.
Em 1979, por ocasião de um prefácio destinado a uma nova tradução italiana, tratei das transformações efetivas na natureza mesma da produção industrial, como nas técnicas de governo, que começava a autorizar o uso da força espetacular. Em 1988, os Comentários sobre a sociedade do espetáculo estabeleceram claramente que a precedente (divisão mundial das tarefas espetaculares) entre os reinos rivais do espetacular concentrado e do espetacular difuso havia de agora em diante acabado em benefício de sua fusão na forma comum do espetacular integrado.
Em 1991, os primeiros efeitos da modernização apareceram com a dissolução completa da Rússia. Aí se expressa, mais abertamente ainda que no Ocidente, o resultado desastroso da evolução geral da economia. A desordem é apenas sua conseqüência.
Toda a vida das sociedades nas quais reinam as condições modernas de produção se anuncia como uma imensa

Relacionados