Cidade antiga

2470 palavras 10 páginas
INTRODUÇÃO

A obra de Everardo P. Guimarães Rocha, “O que é etnocentrismo?”, expõe não somente a problemática proposta pelo tema como também todo o caminho percorrido para a sua dissolução.
Faz um relato histórico, nem sempre cronológico, das principais teorias, seus idealizadores, avanços e dificuldades de cada uma delas em sistematizar a forma de conhecimento das sociedades e mostra como, aos poucos, o etnocentrismo foi sobrepujado, se não para todos, ao menos na Antropologia.
A leitura desse livro faz com que nos submetamos a uma auto-avaliação, que repensemos os nossos preconceitos, soberbas e principalmente a forma como definimos e entendemos os que são diferentes de nós.

ETNOCENTRISMO

No primeiro capítulo (Pensando em Partir), o autor explica o significado do termo “etnocentrismo” como a tendência em avaliar as sociedades a partir dos seus valores, da sua etnia: “Etnocentrismo é uma visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência.” (ROCHA, p.5, 1988).
Everardo Rocha aborda, também a questão do “choque cultural”, que acontece quando a sociedade do “eu” (nosso grupo) é colocada em contato com a sociedade do “outro” (grupo dos outros), e assim as diferenças culturais apresentam um conflito de valores éticos, morais e comportamentais que gera o “etnocentrismo”, pois, cada grupo tende a defender a identidade da sua sociedade como “a mais correta”.
Rocha ilustra esse “choque cultural” com uma analogia sobre um pastor que desenvolve um trabalho de evangelização em uma tribo indígena do Xingu no Brasil, que depois de presentear um dos índios com o seu moderno relógio digital surpreendeu-se com a função a ele dada: Foi utilizado como ornamento na aldeia. Porém o missionário não percebia que fazia o mesmo com os presentes recebidos dos índios, pois, nas paredes de seu escritório, arco e flecha, tacapes,

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