cibercultura

Amanda Nóbrega1
Ingrid Aquilino2

O filósofo francês Pierre Lévy, ao escrever a obra Cibercultura, mostrou-se preocupado em discutir as transformações que o Ciberespaço está provocando nas culturas humanas. A partir dessa análise, ele oferece alternativas de como utilizar a Cibercultura útil e inteligente. A obra está dividia em três partes principais – Definições; Proposições; e Problemas, e o sua abordagem inclui o desenvolvimento das tecnologias digitais da informação e comunicação, se direcionando para os efeitos culturais e valores da sociedade, modificados a partir do crescimento do Ciberespaço. Pierre inicia o livro se declarando otimista quanto ao desenvolvimento e à importância da cibercultura. Para defender seu ponto de vista, o autor faz duas analogias interessantes. A primeira é a semelhança que ele percebe entre os denunciadores da cibercultura e as pessoas que desprezavam o rock nos anos 50 e 60, e o pop dos anos 70. Lévy afirma que, mesmo se tornando uma indústria, esses “movimentos” foram porta-vozes de uma geração inteira, assim como a cibercultura faz atualmente. A segunda analogia é a do Dilúvio, que ele utiliza para exemplificar a ideia de um mar de informações que nos encontramos diante da navegação na internet. Na primeira parte do livro, onde ele discute as definições da cibercultura, Lévy faz uma relação entre técnica, cultura e sociedade, afirmando que a técnica é resultado de uma cultura, e uma sociedade está submetida a sua técnica. Ainda que não seja decisiva, a técnica oferece alternativas em todas as particularidades da vida social. Para os não familiarizados, o autor traz uma série de definições e conceitos, como por exemplo, o que é multimídia, ciberespaço, e outros. Ele também dá destaque aos impactos sociais e culturais das novas tecnologias, tornando a participação do homem indispensável na cibercultura. Por fim, Pierre aborda os diferentes tipos de interatividade, e os diferentes ambientes de navegação encontrados