Chico mendes: o guerreiro verde-branco

Chico Mendes: O guerreiro verde-branco

Em 15 de dezembro de 1944, na cidade de Xarupi, Acre, nasce Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes. Filho de Seringueiro, que aos nove anos já acompanhava seu pai na floresta e aos onze tornou-se seringueiro. Aos doze anos conheceu Euclides Fernandes Távora. Távora havia participado da intentona comunista de 1935, onde foi preso e conseguiu fugir. Escondeu-se no meio da floresta Amazônica perto da casa da família de Chico Mendes. Foi com ele que Chico aprendeu o significado da exploração dos seringueiros. “Távora infundia em Chico a consciência da geopolítica e o lugar do Brasil no jogo de tração entre comunismo e capitalismo. Com Távora, Chico aprendeu não apenas a ler em jornais, mas também a pensar e recolher elementos para compreender o país e a condição dos seringueiros. E foi assim que teve inicio, embora isoladamente, um trabalho incessante de conseguir a autonomia dos seringueiros”. Em 1974, chegou ao Acre o movimento sindical, onde Chico encontrou um forte aliado. Em 1975, tornou-se secretário do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou das lutas dos seringueiros, sempre com o objetivo de preservar a mata e impedir o desmatamento da floresta amazônica. Ele recrutava seringueiros e sindicalistas a participarem dos “empates”, onde os seringueiros, mulheres e crianças colocavam-se entre as arvores, os tratores e motosserras para impedir a destruição da floresta. No inicio, Chico encontrou muita dificuldade para conseguir recrutar essas pessoas, pois os fazendeiros que eram totalmente contra as manifestações de Chico Mendes espalhavam que era uma inspiração comunista. Mesmo assim, ele conseguiu reunir pessoas que se conscientizaram dos seus direitos e o apoiaram nessa importante luta. Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xarupi, e foi ainda eleito como vereador pelo partido MDB (Movimento Democrático Brasileiro).