Ceticismo

CETICISMO

FILOSOFIA

Ceticismo
O ceticismo é qualquer atitude de questionamento para o conhecimento, fatos, opiniões ou crenças estabelecidas como fatos. Opõe-se, principalmente, ao dogmatismo – que se refere a verdades ditas que não foram revisadas ou criticadas e que simplesmente tornaram-se verdades absolutas, os ditos dogmas.
O ceticismo – derivado do verbo grego σκέπτομαι, transl. Sképtomai, “olhar à distância”, “examinar”, “observar” – é uma corrente filosófica considerada fundada pelo filósofo grego Pirro de Élis (318 a.C. – 272 a.C.), na Grécia Antiga, que tem por base a afirmação de que o homem não tem capacidade de atingir a certeza absoluta sobre uma verdade ou conhecimento específico; ou seja, defende a ideia da impossibilidade do conhecimento de qualquer verdade. Este sistema divide-se em duas principais vertentes: o ceticismo filosófico e o ceticismo científico.
Ao longo dos anos teve vários representantes e, com isso, surgiram diversos movimentos e organizações decorrentes deste sistema. Por exemplo, o Pirronismo ou ceticismo pirrônico é uma tradição da corrente filosófica do ceticismo fundada por Enesidemo de Cnossos no século I d.C., e registrada por Sexto Empírico no século III. Essa “escola” defende a suspensão do juízo (também conhecido pelo termo grego, epoché), que consiste na atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou juízo. Outro exemplo é a Academia Média (ou Segunda), com Arcesilau como escolarca – diretor de uma escola filosófica –, cerca de 266 a.C. Ele enfatizou o ceticismo acadêmico, que seguiu com Carneades (um dos seus principais representantes, um cético radical), em 155 a.C., na Academia Nova (ou Terceira), seguido de Clitômaco (seu discípulo) e Filon de Larissa (discípulo de Clitômaco, que defendeu um ceticismo com uma visão mais moderada, sendo considerado o fundador da Quarta Academia, tendo se reaproximado do antigo “dogmatismo” platônico).
Os partidários do ceticismo são conhecidos como céticos.