Carta da terra
Uma vez aprovada pelas Nações Unidas por volta de 2002, a Carta da Terra será o equivalente à Declaração Universal dos Direitos Humanos, no que concerne à sustentabilidade, à eqüidade e à justiça.
O projeto da Carta da Terra inspira-se em uma variedade de fontes, incluindo a ecologia e outras ciências contemporâneas, as tradições religiosas e as filosóficas do mundo, a literatura sobre ética global, o meio ambiente e o desenvolvimento, a experiência prática dos povos que vivem de maneira sustentada, além das declarações e dos tratados intergovernamentais e não-governamentais relevantes.
Deverá constituir-se em um documento vivo, apropriado pela sociedade planetária, e revisto periodicamente em amplas consultas globais.
Entre os valores que se afirmam na minuta de referência encontramos:
* Respeito à Terra e à sua existência.
* A proteção e a restauração da diversidade, da integridade e da beleza dos ecossistemas da Terra.
* A produção, o consumo e a reprodução sustentáveis.
* Respeito aos direitos humanos, incluindo o direito a um meio ambiente propício à dignidade e ao bem-estar dos humanos.
* A erradicação da pobreza.
* A paz e a solução não violenta dos conflitos.
* A distribuição eqüitativa dos recursos da Terra.
* A participação democrática nos processos de decisão.
* A igualdade de gênero.
* A responsabilidade e a transparência nos processos administrativos.
* A promoção e aplicação dos conhecimentos e tecnologias que facilitam o cuidado com a Terra.
* A educação universal para uma vida sustentada.
* Sentido da responsabilidade compartilhada, pelo bem-estar da comunidade da Terra e das gerações futuras.
Consensualmente, entende-se que a Carta deve ser:
* Uma declaração de princípios fundamentais com significado perdurável e que