Caravana farkas

Haja visto que dentro do campo da comunicação, as relações de estudo entre a influência do audiovisual, sobretudo do cinema quanto agente construtor dos ideias de cultura popular e de nação ainda são relativamente novos, este trabalho pretende mostrar basicamente quanto do surgimento da cultura não mais como mera limitação mercadológica, mas produto da relação dialética sujeito/objeto e portanto, a cultura passando a agir como “inscrição histórica”. (CHAUÍ, 1983). Estas relações de cultura caminham juntamente ao amadurecimento da História do Cinema Brasileiro e é somente a partir da análise factual e do olhar crítico historiográfico deste cinema que é possível entender alguns formatos de linguagem impressos primeiramente em filmes de grande sucesso no Brasil e depois, disseminados no discurso do senso comum. Dessa forma, o foco deste trabalho faz-se importante a partir da reflexão e contextualização acerca da chamada Caravana Farkas, projeto pioneiro de duas fases lideradas pelo fotografo e cineasta Thomaz Farkas e que buscava documentar as diversas manifestações do que era convencionado como Cultura Popular brasileira. O viés analítico do trabalho foi dado a partir da ótica do acadêmico Jean Claude Bernadet, sobretudo em seu texto: OI além dos empregos conceitos de Bill Nichols em relação as divisões de documentários e suas respectivas vozes. Por fim, este trabalho pretende fazer uma análise isolada de dois filme que contemplaram as duas fases da Caravana: Viva Cariri!, e Viramundo, ambos do cineasta Geraldo Sarno. O intuito desta análise é reforçar os objetivos destes documentários para poder estabelecer enfim pontos de aproximação e distanciamento entre eles devido ao processo político instaurado no país entre eles.

Contextualização Histórica e a Caravana Farkas – Introdução.

É na década de 1950 e o início da década de 1960 que o Cinema Brasileiro começa ensaiar algo que viria a culminar no chamado cinema novo; Em 1955, Nelson Pereira dos Santos,