Capitulo 5 – O carnaval, ou o mundo como teatro e prazer

Capitulo 5 – O carnaval, ou o mundo como teatro e prazer

As sociedades alternam a vida entre rotinas,ritos,trabalho e festas. A saída da rotina para o extraordinário,varia de sociedade para sociedade. No Brasil,a rotina é vista como o trabalho ou tudo aquilo que está ligado a castigos e obrigações,já o extraordinário é o fora do comum. Porém, tanto a festa e a rotina são modos em que a sociedade pode se exprimir. Para os brasileiros a festa é sinônimo de alegria e o trabalho é eufemismo de castigo,dureza e obrigações. O trabalho é marcado pela precisão e pela racionalidade,nele não deve haver surpresas,nem nada de extraordinário,simplesmente o aumento da produção. Mas, o extraordinário ele não é planejado,nem previsto pela sociedade,esses eventos podem surgir como tragedias,catástrofes,que nos atingem,são situações fora da rotina,porém são essas situações que promovem a solidariedade entre os homens. Apesar disso,existem momentos especias em que o próprio grupo planeja,inventa e ambos constroem a memória da sociedade,são esses momentos que servem como verdadeiras roupagens pelas quias a sociedade cria e recria sua identidade social e suas tradições. No Brasil,a maior e a mais importante festa,é o carnaval, ele é livre,criativo e é o mais popular de todas as festas,implica todos os elementos de ordem,politica e economia,o carnaval nunca pode ser serio. O carnaval é definido como ''liberdade'' e possibilidade de viver uma ausência fantasiosa e utópica da miséria,do trabalho ,das obrigações,do pecado e dos deveres. Ou seja,um momento onde se pode deixar de viver a vida como fardo e castigo,é a oportunidade de fazer tudo ao contrario,viver e ter uma experiencia do mundo em excesso. A catástrofe que o carnaval brasileiro possibilita é a de distribuição teórica do prazer sensual para todos. O carnaval seduz os brasileiros, e é nele onde todos nós somos iguais ou podemos ser iguais,no qual possui regaras de inversão,fica como descolado da