Cannabis Sativa

2 (fitoterapia)

“As plantas medicinais vêm sendo utilizadas pelo homem ao longo de toda a história da humanidade no tratamento e cura de enfermidades. É uma prática que nasceu provavelmente na pré-história, quando, a partir da observação do comportamento dos animais na cura de suas feridas e doenças, os homens descobriram as propriedades curativas das plantas e começaram a utilizá-las, levando ao acúmulo de conhecimentos empíricos que foram passados de geração para geração.” (FERRO, 2006)

Muitos dos indícios que comprovam o uso de plantas medicinais na cura de enfermidades e na vida cotidiana, em geral, nos remetem até mesmo à Pré-História, há milhões de anos atrás, onde os primeiros seres humanos já vinham descobrindo tratamentos terapêuticos, devido as necessidades que surgiam, decorrentes da forma intensa com que sobreviviam (caças, migrações, condições climáticas). Essas descobertas foram se baseando, entre outros, principalmente na observação de animais, que, por sua vez possuem a capacidade de distinção entre plantas tóxicas e prejudiciais daquelas passíveis de consumo, sendo ele animal ou humano. Pode-se citar, por exemplo, a observação sobre os efeitos excitantes nos herbívoros domésticos que ingeriam cafeeiros selvagens.
Conforme as civilizações foram sendo desenvolvidas das mais diferentes formas, em diferentes lugares e sujeitas a diferentes condições naturais, o homem, principal responsável pela ocorrência dessas mudanças, também evoluiu a nível intelectual, o que o possibilitou a aprimorar dentre diversas outras, suas técnicas de cultivo de plantas, bem como seu uso medicinal. Porém, com o avanço da agricultura, setores industriais e a crescente urbanização, ocorre uma contínua e gradativa mudança no espaço geográfico, onde o homem se torna o principal contribuinte para a desmatamento e degradação dos mais diversos biomas, que podem apresentar espécies vegetais dotadas de benefícios específicos capazes de tratar ou curar doenças como câncer, entre