Bretton Woods

Discorra sobre o processo de formação e decadência de Bretton Woods.

A conferência de Bretton Woods se constitui na discussão travada em 1944, nos EUA, sobre os caminhos a serem trilhados no pós-guerra de modo a evitar a repetição de conflitos de dimensões semelhantes ao iniciado em 1939. Tal encontro contou com a presença de 44 nações que objetivavam definir os parâmetros que iriam reger a economia mundial após a Segunda Guerra Mundial.
O acordo ainda previa a não menos importante criação de instituições financeiras mundiais que se encarregariam de dar o sustento necessário ao modelo que estava sendo criado, que seriam: "Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento", mais tarde renomeado para Banco Mundial, que funciona até hoje como uma espécie de Agência de Crédito tamanho família, destinada a fornecer capitais para políticas e projetos de desenvolvimento no mundo todo. Além desta seria criado o FMI (Fundo Monetário Internacional), uma espécie de "caixinha" de todos os países, que poderiam fazer movimentações de dinheiro do caso necessitassem de injeção de capitais em sua economia, respeitando, claro, alguns preceitos de disciplina fiscal a serem ditados pelos dirigentes do fundo.
Desta forma, a agenda de Bretton Woods foi dominada por duas idéias básicas à estruturação da nova ordem econômica internacional. A primeira foi que os EUA assumiram o papel de potência hegemônica. O mesmo EUA que no final da primeira guerra mundial era apenas uma das nações credoras e emergiu ao final da segunda como o grande credor do mundo. Isso evidencia o quanto os arranjos dos acordos de Bretton Woods foram desproporcionalmente benéficos à mais nova potência, tornando-a a nação mais rica da história do mundo. Uma vez que os EUA saíram da guerra como o imperialismo dominante. Sua economia era hegemônica e não tinha sido diretamente devastada. Portanto necessitava de regras que dessem estabilidade monetária e ao mesmo tempo plena liberdade para seus capitais