barroco

Barroco: Influências do Catolicismo e do Protestantismo

Sempre existiu uma grande dificuldade para definição do estilo barroco, que apesar de ter acontecido em grande escala, possuiu características diferentes e peculiares de região para região. Muitos intelectuais da época rejeitavam o barroco, e acreditavam que nesse novo estilo existiam apenas construções e obras de arte sem lógica e sem naturalidade.
Somente mais tarde, em meados do século XIX, a ideia de barroco começou a ser reinterpretada, principalmente por Heinrich Wölfflin. Wölfflin conceituou o barroco mostrando oposições com o estilo anterior, o renascimento, e o dividindo em cinco pares de conceitos: Lienar e pictórico, plano e recessão, forma fechada e aberta, clareza e ausência de clareza, multiplicidade e unidade. O autor acreditava que a arte se modificava independentemente de qualquer acontecimento social, que era um movimento autônomo, como se repetisse da mesma maneira ao longo da história, seguindo uma progressão.
Devido a esses conceitos, Wolffin foi altamente criticado por um outro intelectual,
Arnold Hauser, um historiador da arte, que tinha em seus círculos de influência de grandes filósofos e sociólogos. Ao contrario de Wolffin, Hauser acreditava que qualquer movimento artístico era puramente consequência de algum momento sociológico e histórico, nunca um movimento independente, que acontecia por razões puramente internas. Em sua definição de barroco, Hauser aborda muito mais assuntos históricos ocorridos naquele momento, e em diferentes lugares (daí se explica porque a diferença existente do estilo em cada região) do que obras e artistas em si.
Em sua obra, Hauser mostra como os acontecimentos políticos e religiosos influenciam nas expressções culturais de certas regiões, exemplificando-os através da diferença das côrtes católicas e o protestantismo Holendes.
Nas cortes católicas, as obras tinham como utilidade persuadir, fazer

propaganda,elevar o prestígio