AVALIAÇÃO DOS EFEITOS NEUROCOMPORTAMENTAIS PROVOCADOS PELA UREASE JBU, EM COMPARAÇÃO COM OS NEUROMODULADORES ACETILCOLINA E OCTOPAMINA, EM BARATAS Phoetalia pallida

Ureases são metaloenzimas, dependentes de níquel, que catalisam a ureia em duas moléculas de amônia e uma de dióxido de carbono (DIXON et al.,1975). Elas são encontradas em grandes quantidades em plantas, fungos e bactérias, entretanto, animais não tem capacidade de as sintetizar (Mobley and Hausinger, 1989). Atualmente, uma das ureases utilizadas em ramos diversos de pesquisas é a JBU, composto esse que foi primeiramente cristalizado por Sumner, em 1926, a partir de folhas de feijão de porco (Canavalia ensiformis L)(SUMNER,1926). Dentre diversas propriedades que as ureases possuem, uma delas é a potencial toxicidade contra insetos que não são afetados por toxinas Bt (CARLINI and POLACCO, 2008).
PARÁGRAFO SOBRE A JBU (acho que o artigo da carlini tem algo, ver isso)

Enquanto inseticidas, o modo de ação das ureases oriundas de plantas e peptídeos derivados aguarda esclarecimentos (CARLINI& POLACCO, 2008). Estudos prévios demostram o começo da letalidade em percevejos Rhodnius prolixus (STAL, 1859) após ingestão de refeição contendo canatoxina ou ureases, após uma fase de latência de 36 a 48 horas,(CARLINI et al, 1997; FERREIRA-DA SILVA et al, 2000). Nesses mesmos estudos, assim como observado previamente por Mulinari et al e Tomazetto et al, foram observados danos neurotóxicos tais como paralisia e movimento descoordenado das penas e antenas, pré-morte (MULINARI et al, 2007; TOMAZETTO et al, 2007).
A maior gama de inseticidas oferecidas no mercado afeta um dos cinco sistemas biológicos em insetos. Estes incluem o sistema nervoso, a produção de energia, a reciclagem de cutícula, o sistema endócrino e o balanço de água (VALLES and KOEHLER 2011). O sistema nervoso é, sem dúvidas, o mais importante, uma vez que pode levar a alterações não esperadas do comportamento, tais como padrões de alimentação (NICOLAUS & LEE 1999), reprodução (DELPUECH et al 2005), forrageamento (GUEZ et al 2005), migração e termorregulação (GRUE et al 1997), entre outros. Em