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A Expansão Pós-64: “Nova Revolução Econômica Burguesa" ou Progressão das Contradições?

Anderson Henrique dos Santos Araújo
Economista. Aluno do Programa de Mestrado em Economia da Universidade Federal de Alagoas.

Resenha crítica do Capítulo 05da Obra : Crítica a Razão Dualista. Francisco de Oliveira (1981).

Maceió, 10 de maio de 2011
A Expansão Pós-64: "Nova Revolução Econômica Burguesa" ou Progressão das Contradições?

O regime político adotado a partir do ano de 1964 é expresso pela a ditadura militar. Após um período político econômico conturbado posterior a saída do Presidente Juscelino Kubitschek, resultado em surtos inflacionários e crises políticas, uma junta militar assume o controle do País e posteriormente lançam o PAEG (Programa de Ação Econômica do Governo), tendo como objetivos centrais, restaurar o equilíbrio monetário, via contenção da inflação; além de recriar um ambiente propicio para a retomada dos investimentos públicos e privados.
Das principais medidas utilizadas pelo PAEG, Resende1 observa que o governo acertou em algumas reformas institucionais e pontos a serem corrigidos: desordem tributária, mercado financeiro subdesenvolvido e inexistência de um mercado de capitais. Ademais, as políticas fiscais e monetárias adotadas no período posterior a 1966 montam o cenário para a retomada do crescimento em 1968, caracterizado como milagre econômico.
Ressalta-se que o resultado inicial do PAEG, foi uma forte recessão, sendo contornada pela utilização de uma política seletiva de combate a inflação, onde a seletividade de classes sociais privilegia as necessidades da produção, abandonando em parte a visão economicista das classes privilegiadas e dos formuladores de política econômica, de acordo com Oliveira. Assim, a política de combate a inflação procurou transferir às classes de rendas baixas o ônus desse combate, buscando que as alterações no custo de