Aula 08 EXT Romantismo 3
AULA 08
ROMANTISMO (3): A PROSA (1ª parte)
APRESENTAÇÃO
A divisão entre poesia e prosa românticas é essencialmente didática, pois ambos os segmentos surgiram mesma época. Como já estudamos a poesia na aula 07, nesta e na próxima aula estudaremos o romance romântico (também chamado de prosa romântica ou ainda ficção romântica). Os romances românticos brasileiros tiveram grande aceitação pelo público leitor à época. Uma série de fatores contribuiu para tal sucesso, dentre os quais podemos citar:
A partir da chegada de D. João VI, em 1808, a cidade do Rio de Janeiro sofre um amplo processo de urbanização, transformada em capital, ainda que provisória, de todo o império português. Em
1822, nossa independência é proclamada, e a cidade é agora a corte, a capital de um novo país chamado Brasil.
Começa a surgir um público leitor formado por aristocratas rurais, profissionais liberais, jovens estudantes e as moças de “boa família”: era o que chamávamos e chamamos até hoje de burguesia brasileira.
O jornalismo vivia seu primeiro grande impulso no Brasil, fato que facilitou bastante a publicação das obras. Convém ressaltar que muitos livros românticos foram impressos originalmente sob forma de folhetim, ou seja, por partes, publicadas periodicamente nos jornais. As histórias iam sendo lidas aos poucos, e isso gerava maior interesse por parte do público, além de serem acessíveis financeiramente a uma maior fatia da população.
O sentimento nacionalista fez com que surgisse uma literatura com a cor local, pois já não bastava a mera tradução de romances europeus. Os enredos se desenvolviam em ambientes mais nacionais, mostrando as coisas do Brasil e da corte em especial, ainda que marcados por uma visão idealizante.
O primeiro romance romântico publicado no
Brasil foi O filho do pescador, de Teixeira e Sousa, em 1843, obra de importância mais histórica que artística. CARACTERÍSTICAS
Notam-se as seguintes