Atuação fonoaudiológica na escola*
INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como ponto central de discussão a questão da assessoria fonoaudiológica na escola, atrelada à dimensão da promoção da saúde, visando possibilitar a parceria entre o fonoaudiólogo e os educadores. A análise das publicações nesta área de atuação fonoaudiológica possibilitou conferir a existência de diferentes perfis de ação.
O estudo inaugural que pretende contemplar a discussão sobre a fonoaudiologia na escola é o apresentado por Pacheco e Caraça (1984), no qual as autoras relatam as três principais funções que o fonoaudiólogo exerce no âmbito escolar, quais sejam:
Participação na equipe, triagem e terapia.
A primeira função compreende os papéis de assessor e consultor. Como assessor, “sua função é a de transmitir os conhecimentos específicos de sua área para os demais elementos da equipe” (p. 202).
Assumindo o papel de consultor, “fica o fonoaudiólogo responsável por esclarecer os profissionais, à medida que surjam problemas relativos à sua área, numa troca de informações constante” (p. 204).
No que diz respeito à triagem, as autoras descrevem que (...) esta é uma área onde a atuação do fonoaudiólogo se faz quase que individualmente (...) uma vez que tem como objetivo avaliar a comunicação oral, escrita e aspectos relacionados a elas. A triagem é composta por uma bateria de testes, elaborados pelo fonoaudiólogo, através dos quais se verifica a linguagem oral e/ou escrita da criança. (p. 205)
Em relação à terapia, Pacheco e Caraça comentam que é um aspecto muito controverso quando relacionado ao ambiente escolar. Segundo elas, devem ser considerados “os exames médicos que uma criança com problemas na área de linguagem necessita fazer” (p. 206) e “o fato de como a criança se sentiria ao sair da sala de aula para ser atendida (...)” (p. 207). Sendo assim, as autoras acreditam que esse tipo de atendimento deve ser realizado fora do espaço escolar.
Bitar (1991) relata o trabalho