Atividade Física e Saúde

RESUMO
Partindo-se das evidências disponíveis de que “Não é ativo quem quer, mas quem consegue”, são apontadas concepções e práticas que permitam desconstruir equívocos a respeito. Nesse sentido, menciona-se a expansão, durante a presente década, da doença degenerativa articular do joelho, decorrente de “orientações técnicas” prestadas por especialistas na matéria. Tais constatações conduzem a discussão final sobre as contribuições da Ética da
Epidemiologia nesse contexto, com vistas a permitir trato mais crítico e cidadão da matéria

1 - INTRODUÇÃO
Inicialmente gostaria de expressar claramente a satisfação que sinto em participar desta forma do I
Congresso Internacional de Educação Física e Motricidade
Humana. A satisfação decorre do tema que me cabe tratar Educação Física e Saúde - uma das questões cardinais a que tenho me dedicado em tempo integral nos últimos dez/quinze anos de minha vida. Complementa-a distinção pelo fato de estar novamente aqui no Departamento de
Educação Física desta Universidade, na qual recebi minha formação graduada, a rever velhos amigos e conquistar novos, espero!
A direção que tomarei para explicitar minhas idéias básicas a respeito da questão em causa partirá da menção de alguns equívocos com que ela é habitualmente tratada e como os mesmos são construídos, a exemplo do que se tem observado em outras dimensões da Saúde Coletiva. Sempre que possível procurarei recorrer a situações conhecidas da literatura nacional e internacional, apontando-se ao final, algumas perspectivas de superação. Espero com isso poder contribuir para com os colegas que me acompanham nesta incursão, provendo-lhes elementos que permitam a construção de perspectiva crítica e analítica sobre a controversa e nebulosa relação aqui tratada.

Para finalizar esta introdução, faço referência às contribuições do aluno de pós-graduação e orientando, professor Giovani Pires, o que explica o caráter de coautoria do texto preparado para