assédio moral no ambiente de trabalho

ASSÉDIO MORAL NO AMBIENTE DE TRABALHO

De acordo com a médica psiquiatra Marie-France Hirigoyen, autora de um estudo sobre o assunto em questão, especializada em assédio moral e psicológico, acredita que o assédio moral pode ser definido como o conjunto de atos, gestos, atitudes e comportamentos que, por sua repetição, atentam contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o clima de trabalho (Hirigoyen, 2002).
Situações camufladas, quase que imperceptíveis para o empregado, que pode gerar danos à saúde mental e física, onde já existente desde que surgiram as primeiras relações de trabalho, mas só nos últimos anos vem sendo amplamente discutido, principalmente devido às grandes mudanças que sugiram no ambiente de trabalho e com um mercado cada vez mais exigente.
No Brasil, o fato foi comprovado por estudos científicos elaborados pela Dra. Margarida Barreto, médica do trabalho e pesquisadora um estudo preparado em dois anos e meio de pesquisas constatou, a referida médica, que nas consultas por ela realizadas em sindicatos, as pessoas queixavam-se de males generalizados. Aprofundando suas análises verificou que 80% (oitenta por cento) dos entrevistados sofriam dores generalizadas, 45% (quarenta e cinco por cento) apresentavam aumento de pressão arterial, mais de 60% (sessenta por cento) queixavam-se das palpitações e tremores e 40% (quarenta por cento) sofriam redução da libido.
Nas relações de trabalho, é possível verificar-se três tipos de assédio moral: o assédio vertical e estratégico, o assédio horizontal e o assédio ascendente.
Por assédio vertical e estratégico, que é o mais frequente, tem-se aquele em que a violência é praticada por um superior hierárquico. É uma ação cujo objetivo é reduzir o quadro de pessoal da empresa, substituir o quadro por pessoal mais novo (e consequentemente, com menores salários), com vistas a aumentar a lucratividade da empresa. Por isso, é também chamado de mobbing