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Resumo

As transformações sociais ocorridas nas últimas décadas concederam ao consumo um papel protagonista no quotidiano dos indivíduos e das cidades que habitam. Esta realidade é de tal forma intensa e visível que se afirma existir uma substituição da "ordem da produção", característica de uma sociedade organizada em torno da produtividade do trabalho, pela a "ordem do consumo" que marca uma sociedade cujos estilos de vida se orientam de forma muito significativa por valores e comportamentos ligados ao consumo de bens, serviços e símbolos. De tal forma a sedimentação e aceitação destes valores é global e quase consensual que transforma o consumo num veículo de participação e num instrumento de sociabilidade e inserção social. A aceitação do pressuposto de que a cidade não é uma entidade física isolada e sem ligações ao seu elemento humano e social, mas é, pelo contrário, uma (re)construção social contínua situada no tempo e no espaço, conduz à conclusão de que este ascendente do consumo no quotidiano dos indivíduos e das cidades produz uma relação comprometida entre eles (consumo e cidade), que se vê objectivada em determinados modelos de espaços de consumo.
Durante três décadas (nos anos sessenta, setenta e oitenta) os espaços de consumo desenvolveramse em sintonia com a fase de desenvolvimento urbano que correspondeu à periferização das cidades.
A última década deste século parece estar a registar uma nova fase de valorização das cidadescentro, sem que isso signifique a decadência da periferia, antes um novo ponto de reequilíbrio centroperiferia. O surgimento de modelos de espaços de consumo afectos aos modernos estilos de vida nos centros consolidados das cidades (do tipo dos que anteriormente se implantavam em quase exclusividade na periferia das cidade) corresponde a um movimento de recentramento ou dinamização das cidades. O protagonismo exercido pelo consumo no quotidiano das sociedades urbanas atribui a estes espaços de consumo

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