As escritas de deus e as profanas

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As Américas do Sul e do Norte foram colonizadas por diferentes visões religiosas. Enquanto a história norte-americana nasceu da Reforma Protestante de Lutero e das viagens dos peregrinos, a história brasileira começou antes e se inspirou no catolicismo que impulsionava o Descobrimento. Sendo assim, o Brasil foi um país que nasceu tanto de intenções religiosas, quanto de intenções comerciais.
Os países colonizadores tinham a intenção de expandir territórios, adicionar riquezas e “salvar”, mesmo que à força, os povos “pagãos” que não tinham como religião o catolicismo. Interesses econômicos encobertos pelos interesses religiosos, onde os colonizadores não se preocuparam em compreender as culturas já existentes.
Portugal e Espanha, países católicos não só por estarem próximos ao papado, têm a religião católica tão enraizada na sua cultura a ponto de deixar marcas indeléveis também na cultura de suas colônias. Já chegaram com uma visão do certo e errado, e, mesmo deslumbrados com o que viram, entenderam tudo como profano o que era sagrado para os índios.
Os conflitos políticos e ideológicos em torno dos índios e negros no Brasil, estão dentre os primeiros temas formadores da cultura do país. A incorporação cultural desses povos gerou conflitos sociais, religiosos, econômicos e culturais em larga escada. Foram as soluções para esses conflitos, como a miscigenação e o fim da escravidão, que originaram os perfis culturais conhecidos hoje no Brasil, tornando-o um país de cultura mais aberta, mais receptiva em relação aos imigrantes .
Entre tantas desigualdades no Brasil, a desigualdade social está presente desde as origens do país. A Igreja que protegia os índios e era contra sua escravidão, aceitava a escravidão dos negros, pois, a imagem da modernidade tanto para a Igreja quanto para os humanistas, não os incluía. Sendo assim, a prática de conquistar e escraviza-los era comum, portanto, a cultura brasileira nasceu na premissa de uma desigualdade natural.
Essa

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