Artigo cientifico: por que não ler os classicos
Everaldina Pinto de Oliveira Vieira [1]
RESUMO
O interesse pela realização de um estudo sobre a rejeição dos alunos quanto à leitura, principalmente da literatura clássica, iniciou-se durante o primeiro semestre nas Escolas Estaduais Dom José de Haas e Industrial São José no Vale do Jequitinhonha em Araçuaí. Estamos diante de uma rejeição quando nos referimos à leitura; a perda de interesse é encontrada em todas as séries do ensino fundamental e médio. Diante disso, deve-se estar ciente de que o gostar de ler não tem nada a ver com herança genética ou biológica, ninguém nasce gostando de leitura, aprendemos a gostar de ler e essa aprendizagem é cultural. O fato demonstra, então, que o modo de abordar a literatura na escola não está recebendo a atenção necessária, um estímulo adequado. Vê-se, portanto, a necessidade de buscar, criar soluções para que as crianças e adolescentes tenham uma experiência positiva em relação à leitura. Neste trabalho além de mostrar e analisar a pesquisa feita quanta a essa rejeição ao livro literário também pretende, portanto, apresentar propostas pedagógicas que podem possibilitar ao aluno uma experiência gratificante em ler, não uma rotineira tarefa escolar. Enfim, faz-se necessário uma mudança na prática pedagógica dos educadores como meio de criar no educando encantamento pela leitura.
Palavras-chave: leitura, literatura, Ensino Médio.
Introdução
Para professores de língua portuguesa, a seguinte afirmação de Perini causa, no mínimo, desânimo em relação ao ensino dessa disciplina: Argumenta-se que uma das finalidades do ensino gramatical é conscientizar o estudante de sua língua, da língua que ele deve aprender a manejar, seja lendo, seja escrevendo. Mas certamente muito poucos estudantes chegarão a produzir textos literários; digo mais: poucos chegarão a adquirir o hábito de ler textos literários. Mas é certamente