Artifo acadêmico

643 palavras 3 páginas
"O céu visto da terra"

A prática da eutanásia – agir para apressar o fim de quem está morrendo – pode ser considerada homicídio simples e passível de pena de até vinte anos de prisão. A esmagadora maioria dos médicos é contra essa atitude, e os familiares de doentes terminais, mesmo que cogitem praticá-la, muito raramente têm coragem de fazê-lo. Ela apenas é permitida em dois países europeus: Bélgica e Holanda. A Holanda foi o primeiro país, a nível mundial, a legalizar a eutanásia, a fim de reprimir processos judiciais contra médicos. Neste país, apenas é permitido a execução deste processo a pacientes maiores de idade, cujo caso não tem solução.
Ao contrário do que acontece diante da hipótese de praticar a eutanásia, ocorre com certa freqüência a decisão de se retirar esses chamados suportes de vida, deixando que a natureza cumpra seu curso. Há muitas razões para justificar essa decisão. A mais comum é que se quer abreviar o sofrimento daquele doente. Outra é que a própria família já não agüenta o padecimento. Mas há também razões práticas, como a necessidade de abrir vaga na UTI para alguém que tenha mais chances de sobreviver ou a falta de cobertura de um plano de saúde.
A ciência alcançou um ponto em que, em algumas situações, é praticamente indefinido o tempo pelo qual se pode manter tecnicamente viva uma pessoa com órgãos que já faliram irremediavelmente. Há algum tempo, o pai de um menino de 8 anos foi avisado de que aquele jovem paciente internado numa UTI não sobreviveria. Na mesma hora, ele foi buscar roupas para vestir o corpo do garoto. Contudo teve de esperar uma semana pela morte do garoto, tempo que a parafernália tecnológica ainda o sustentou vivo. Imaginava-se que a vitória da ciência traria alguma alegria e muita esperança. Isso aconteceu. Porém , ao mesmo tempo, se constatam o sofrimento de muitos doentes, a angústia das famílias e o conflito ético entre os médicos. O nome técnico para essa situação é DISTANÁSIA – prolongamento da vida. Na

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