Arte bizantina
Monastério Chilandari , Mt. Athos, Grécia última metade de 1300 têmpera sobre madeira St. Cirilo de Alexandria
Constantinopla
São Salvador-in-Cora meados de 1350 São João Crisóstomo
Dumbarton Oaks, Washington, D.C.
Constantinopla
1350-1400 mosaico miniatura
18 x 13 cm, 7 x 5 in São Jorge
Constantinopla
São Salvador-in-Cora 1305 (aproximadamente) mosaico A Virgem Eleousa
São Salvador-in-Cora meados de 1300 afresco (detalhe) Natividade
Igreja Pantanassa Mistra início de 1400 afresco (detalhe)
O Crepúsculo de Bizâncio
Nos primeiros tempos do Império Bizantino não houve, a bem dizer, unidade na cultura. Uma infinita variedade de motivos, formas, coloridos, testemunhava uma prodigiosa miscelânea étnica: quadros egípcios, ornamentos sírios, mosaicos de Constantinopla, afrescos de Tessalônica, por todo o lado a marca profunda das tradições seculares. Placa giratória entre a Europa e a Ásia, Bizâncio sofreu a vigorosa influência das civilizações orientais. A arte antiga e a cultura persa e árabe marcaram muitas obras-primas da arte bizantina com um toque inigualável. Durante séculos, Bizâncio foi um enorme cadinho onde se fundiram as correntes culturais de toda a Bacia mediterrânea e do Oriente Médio, mas que, por seu lado, exerceu a sua influência no desenvolvimento da cultura e da arte em diversos povos da Europa e da Ásia.
No século VI e princípio do século VII surgiram importantes obras históricas. Procópio de Cesareia, contemporâneo de Justiniano I, traçou um pormenorizado quadro da sua época. Na sua História secreta, ao contrário do que fizera nas suas outras obras, em que fazia o elogio do Imperador, Procópio relata os sofrimentos do povo e denuncia a venalidade dos funcionários e o deboche da corte.
Inúmeras obras de tradição oral cultivadas pelo povo não chegaram infelizmente até nós, mas os numerosos monumentos da arte bizantina que podemos admirar testemunham o gosto e mestria dos seus autores.