Arte Artesanato e Design

Arte, artesanato e design são facilmente confundidos, observando que as atribuições e ofícios a eles são inúmeras, distinguindo-se basicamente pelo intelecto. Esta afirmação se dá ao fato de que no século XIX as famosas escolas de artes e ofícios eram reservadas para membros das classes mais pobres, enquanto nas Academias de Belas Artes estudavam os filhos da “elite”.
Analisando a distinção de arte e artesanato considera-se, portanto, que arte era originária dos renomados artistas que pintavam quadros gloriosos e o artesanato eram os feitos manuais de pequenos operários.

A palavra “artesanato”, segundo o professor Júlio Katinsky, apareceu pela primeira vez em 1920, na França, quando a própria separação entre arte e artesanato já sofrera grandes ataques pelo movimento Arts and Crafts da Inglaterra e pela revolucionária escola Bauhaus, de Weimar, na Alemanha. Ambas propunham a união de artistas e artesãos num modelo romântico que questionava as bases dessa divisão entre trabalho manual e intelectual. (LEON, Ethel. 2005. Revista D’art, p.65)

Baseado no que foi abordado nos textos de Dulce Osinski e Ethel Leon pode-se definir que o design, assim como o artesanato, foi oriundo da geração imediata de renda. Com a produção em massa de produtos que antes eram feitos detalhadamente por mãos de artesãos, surgiu à necessidade de satisfazer ainda mais os usuários que procuravam além de preços bons, produtos com aspectos funcionais, ergonômicos e visuais, atribuindo assim essas funções a um especialista, denominado designer. Um produto com um design diferenciado conquista maior atenção no mercado e, portanto aumenta os lucros de quem produz e enche os olhos de quem consome.

Pode-se dizer que a arte, o artesanato e o design caminham ao ritmo do desenvolvimento, suprindo as necessidades conforme elas vão surgindo. Sendo assim, a visão de um arte/educador não pode se limitar apenas em aspectos e ofícios do passado. Atentando-se sempre às necessidades imediatas e