Análise textual

Bibliografia Principal
Ubersfeld, A., Semiotica Teatral, Secretariado de publicaciones e intercambio científico. Universidade de Murcha, Catedra S.A., 1993

Sinopse
Esta ficha de leitura inscreve-se no âmbito da Unidade Curricular de Semiótica, incluída no plano de estudos da Licenciatura de Ciências da Comunicação, 1º ano, 2º semestre. Tem como objectivo a realização de um resumo crítico de um capítulo de uma obra, circunscrita na área da semiótica. Assim, o trabalho que aqui será apresentado baseia-se no capítulo I, do livro “Semiotica Teatral” de Anne Uberself.

“No se puede leer teatro.” (Uberself: 1993, p.7). Escolhe-se esta frase da autora para iniciar o texto, pois leva-nos a perceber duas coisas. Que, por um lado, uma peça de teatro é realizada partindo de um texto, mas que, por outro, é algo que não se pode ler e cujo significado é retirado de algo muito mais complexo que o seu texto: a representação que dele é feito.
Texto e representação, que inevitavelmente se relacionam, têm, no entanto, algumas particularidades próprias. A representação de um mesmo texto é sempre diferente. Aquilo que foi representado ontem com um determinado texto, dificilmente se repetirá amanhã, pois os espectadores não serão os mesmos e o significado que atribuem à peça é diferente da significação dada pelo público anterior. O mesmo se passa com os actores. Como refere a autora da obra, são homens em processo de mudança, que a cada nova representação que fazem do texto, certamente, conferem significado distinto a esse “novo” trabalho, que nunca é realizado de forma idêntica ao anterior. “ A su vez, una misma representácion, no está siempre asociada a un mismo sentido por ser también subjetiva”, (F. Toro: 2008 p.145) este autor concorda com a perspectiva de Anne Uberself, uma mesma representação nunca tem o mesmo sentido. Contudo, há algo que permanece, pelo menos, teoricamente imutável: o texto. Encontramos aqui uma distinção: o texto como algo estático, e a sua