Análise Navio Negreiro

Análise Literária
Navio Negreiro – Castro Alves

Nome completo, Antônio Frederico de Castro Alves, nasceu em Nossa Senhora da Conceição, mais conhecida como “Curralinho” e agora denominada Castro Alves, Bahia. É conhecido como “poeta dos escravos”, por sua luta contra a escravidão e características condoreiras. Filiação composta por José Alves e Clélia Brasília da Silva Castro, falecida em 1859. No colégio começou a se interessar por literatura feita por oiteiros, ou saraus, poesia, arte e música, compondo sua primeira poesia aos 17 anos. Castro Alves era esbelto, cabelos negros, olhos acesos e tez branca. Dono de uma voz que impunha admiração entre os homens, e sedução às mulheres que resultaram em seus romances e poemas líricos nacionais. Em 1863, a tuberculose apareceu, ocorrendo uma hemoptise. Castro Alves enfatiza a opressão do povo brasileiro, mas se concentra na escravidão. Sua linguagem é acentuada por hipérboles e retrata espaços amplos, tais como o mar, céu e o infinito. A acentuação da um tom de declamação, dando realce a revolta.
PARTE I A primeira parte contém onze quartetos decassílabos, rimando aos pares. Utilizando-se de imagens hiperbólicas do mar, infinito e céu, o poeta realça a beleza. Ele se pergunta porque o barco foge dele, pedindo ajuda ao Albatroz.

PARTE II Apresenta quarto décimas, e versos heptassílabos. O poeta elogia as façanhas feitas pelos marinheiros.

PARTE III Nessa parte, há uma ruptura com relação à idealização, e uma tomada de consciência dolorosa. É uma estrofe que contém versos dodecassílabos. O poeta se espanta ao ver o que está no barco quando se aproxima.

PARTE IV
Seis estrofes, porém, o terceiro e o sexto são hexassílabos, e o resto decassílabos. O poeta escreve sobre os horrores que viu no navio negreiro, enfatizando que a escravidão afeta também mulheres e crianças. Uma orquestra de sons horríveis como gritos, gemidos, chicote, enfeitam uma terrível cena quando negros são castigados