análise interpretativa de caçar em vão
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EXERCÍCIO DE ANÁLISE INTERPRETATIVA DO POEMA “CAÇAR EM VÃO” DE ARMANDO FREITAS FILHO
Trabalho apresentado à disciplina Introdução aos Estudos Literários, do curso de Letras da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Prof. Dra. Andrea Saad HossneSão Paulo
2014
“Caçar em Vão”, poema escrito por Armando Freitas Filho, foi publicado em seu livro Fio Terra, em 2000. É, portanto, uma obra contemporânea, que muito dialoga com a literatura e a poesia modernas, assim como toda a obra do autor. Esta apresenta constantemente intertextualidade com autores modernos – principalmente com Drummond e João Cabral, ambos nomes fortes no âmbito do rompimento modernista com a estética literária tradicional. A poesia a ser analisada estabelece um diálogo explicito especificamente com o poema “Catar feijão”, de João Cabral de Melo Neto, como será visto posteriormente.
Neste poema, já até mesmo pela métrica, é clara a presença de tal procedimento modernista, visto que os versos só apresentam algumas rimas toantes e não há métrica fixa. São doze versos em uma só estrofe e o mesmo verso pode ter diferentes métricas, se forem ou não consideradas determinadas elisões. É propício, pelo ritmo do poema, que houvesse elisões em todos os casos. Assim, os versos variaram entre seis, oito, nove e dez sílabas poéticas.
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