Análise Histórica Esquisofrenia

918 palavras 4 páginas
O termo esquizofrenia não tem mais de noventa anos, e nesse período, o termo, que fora criado para definir a fragmentação ou dissolução dos processos psíquicos própria de uma forma de psicose, generalizou-se para denominar todos os processos de divisão e fragmentação, seja na esfera da família, da comunicação, ou da sociedade. O termo esquizo-frenia é composto pelo verbo grego schízo, que significa fender, separar, clivar; e pelo substantivo grego phrén, que significa espírito, inteligência.
O conceito de Esquizofrenia foi elaborado por Eugen Bleuler (1857-1939), e aparece no título da sua obra Dementia praecox oder Gruppe der Schizofrenien publicada em 1911. O termo, que vem do grego e que significa cisão do pensamento traduz a visão de Bleurer sobre a génese da doença que atribui à perda das associações do pensamento. Bleuler criou este neologismo para marcar a ruptura de sua concepção com aquela até então aceita, a concepção da demência precoce de Émil Kraepelin (1856-1926). Kraepelin era professor de psiquiatria na Universidade de Munique descreveu pela primeira vez a doença na 5ª edição da sua obra: Psychiatrie, ein Lehrbruch fur Studierende und Artze. Na altura nomeou o síndrome: demência precoce.
Em 1896, Kraepelin também estabeleceu que o critério discriminativo essencial da demência precoce era um critério evolutivo, a evolução terminal até um estado de enfraquecimento psíquico. Ele descreveu a demência precoce como uma doença única que poderia apresentar três formas clínicas: a hebefrênica, a catatônica e a paranóide. As três formas da demência precoce de Kraepelin são aceitas por Bleuler, mas sob o nome de grupo das esquizofrenias. Ele inclui uma quarta forma que chama de esquizofrenia simples.
Bleuler, no entanto, supera a Kraepelin em outro aspecto, o do critério diagnóstico. Ele coloca em jogo o critério de deterioração psíquica que fora instituído por Kraepelin. Para Bleuler este critério se torna questionável na medida em que se registram

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