Análise do filme bicho de sete cabeças

Curso de Direito – 2º Período
Disciplina: Psicologia Aplicada ao Direito – Profª Nathalie Moreira
Tema: Introdução à Psicologia

Aluna: Eliane Alves do Carmo
Análise do Filme “Bicho de Sete Cabeças” (Brasil, 2000). De Laís Bodanzky.

Neto é um jovem tímido e introspectivo que vive em um ambiente familiar carente de diálogo. Sua mãe é distante e seu pai pouco preocupa-se com ele como filho, há brigas quando defronta-se com alguma situação que contraria a imagem de bom comportamento e não existem conversas para tentar entender o que se passa com o rapaz. Tudo isso o distancia da família. O pai ao descobrir que o filho era viciado em maconha opta por interná-lo em um manicômio na intenção de que o rapaz seja curado do problema que o pai julga acometer o filho, o que faz com que Neto torne-se ainda mais revoltado. Ao final, Neto tornou-se um rapaz com alterações psicológicas graves devido ao tratamento que recebeu nos hospitais por onde passou. Na verdade, Neto não tinha nenhum problema psicológico, mas a falta de dialogo, a falta de atenção de sua família, somada a desinformação, fizeram com que pequenos problemas típicos de um jovem de classe média baixa e que poderiam ser resolvidos ali mesmo, no seio da família, fugissem do controle de uma família e encerrassem de maneira negativa a vida de um jovem.
A função do sistema manicomial até a década de 90 era manter isolados do convívio social aquelas pessoas que possuíam (ou por algum motivo suspeitava-se que possuíam) algum desvio mental por serem considerados perigosos ou mesmo castigar as formas mais graves de não adaptação às regras sociais. Mas este sistema deixou de ser apenas de tratamento de doentes e passaram a existir também os manicômios judiciários cuja função era abrigar pessoas com algum tipo de transtorno mental que haviam cometido crimes passiveis de punição penal. O ideal é que nestes presídios, o doente e criminoso fosse tratado de sua deficiência mental ao mesmo tempo que