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14150 palavras 57 páginas
MARTINS, José de Souza. A reprodução do capital na frente pioneira e o renascimento da escravidão no Brasil. Tempo Social;
Tempo Social; Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 6(1-2): 1-25, 1994
A R T I G O
Rev. Sociol. USP, S. Paulo, 6(1-2): 1-25, 1994 (editado em 1995).
(editado em jun. jun. 1995).

A reprodução do capital na frente pioneira e o renascimento da escravidão no Brasil
JOSÉ DE SOUZA MARTINS

RESUMO: A acelerada expansão territorial do capital, sobretudo na região amazônica, a partir de meados dos anos sessenta, revigorou ali, mas também em outras regiões do país, a escravidão por dívida ou peonagem. Diversa da escravidão clássica, que no Brasil se firmou no cativeiro do negro, a peonagem recente entre nós é marcada por extrema violência física contra os trabalhadores, em alta proporção culminando com o assassinato daqueles que procuram fugir. A tese do autor é a de que a escravidão por dívida é variação extrema do trabalho assalariado em condições de superexploração, isto é, em condições de mercado em que a exploração do trabalhador é levada ao limite de comprometer sua própria sobrevivência. E de que se dá especialmente quando mecanismos de acumulação primitiva são incorporados no processo de reprodução ampliada do capital.

A

pequena e fascinante literatura histórica e sociológica relativa à persistência ou ao renascimento de formas escravistas de relações de trabalho, em diferentes sociedades, põe o pesquisador diante de alguns dilemas de solução difícil. O principal deles é o da própria conceituação da modalidade de trabalho que, num país como o
Brasil, com facilidade tem sido definida como trabalho escravo1. Outro, de solução já não tão difícil, é o da sua inserção histórica ou, dizendo de um modo discutível, o do modo de produção de que tais relações fazem parte.
Prefiro, neste meu trabalho, seguir um caminho diferente. Ao invés de perder-me na inútil tentativa da classificação prévia de tais relações, parece-me mais

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