Antinominismo

1 INTRODUÇÃO

A história do cristianismo tem sido palco de muitas controvérsias sobre a permanência ou transitoriedade da lei. Estes debates tem se estendido até nossos dias. Hoje o pensamento pós-moderno tem dado espaço à libertinagem. Os cristãos pós-modernos defendem uma dualidade entre as obras e a fé. Com isso tornam-se tendenciosos a sustentar uma teologia de que o comportamento do homem não interfere em sua espiritualidade.
O pensamento religioso atual diz que não é preciso mais guardar a lei moral esta posição tem um paralelo com antinomismo primitivo, pois, a negação da lei, já tinha lugar no primeiro e segundo séculos. E nos séculos subsequentes até a era da modernidade percebe-se esta mesma tendência. Considerando esse tipo de interpretação de que a lei não é necessária a vida cristã, verifica-se uma influência negativa sobre a compreensão do plano da salvação, pois Cristo não veio para nos libertar da lei, mas de sua maldição (Gl. 3:13). A doutrina antinomista tem uma influência prejudicial à moral e à ética cristã, aderindo a um cristianismo barato e sem compromisso.
O presente trabalho tem como objetivo esclarecer as grandes controvérsias antinomistas na história da igreja cristã e suas implicações no contexto pós-moderno. Ao ver-se hoje o desprezo pela lei moral, e a libertinagem que tem atingido o meio cristão, torna-se conveniente verificarmos quais são as influências heréticas antinomistas que afetam o pensamento cristão pós-moderno. Essa pesquisa colaborará para defesa dos princípios cristãos estabelecidos na eterna lei de Deus. Segundo Tenwey (2008) antinomismo é um termo derivado do grego anti – contra; e nomos – lei. “Teologia que interpreta os ensinamentos de Paulo sobre lei e graça (Rm.7:8) como significando que o cristão está na graça tão completa que em nenhum sentido está sujeito a lei” (TENWEL, 2008, p.338).
Na igreja primitiva o antinomismo já estava presente e era atribuído a seitas gnósticas como os nicolaítas e ofitas