Analise Institucional

1. A analise institucional de Georges Lapassade

No Brasil, o pensamento de Lapassade passa a ser mais conhecido a partir de meados da década de 70.
A análise institucional é trazida, no contexto deste livro, como a maneira singular de entender o que são as relações instituídas.
Considerada como um “movimento”, teve sua origem na França, na década de 60, com o próprio Lapassade e René Lourau.
Análise institucional tem suas raízes teóricas na intersecção de diferentes disciplinas, como a Psicologia Social, a Sociologia e a Pedagogia.
Suas bases concretas encontram-se nas experiências da pedagogia institucional. Encontram-se ainda, essas bases, nas práticas da psicoterapia institucional. Encontram-se, por fim, na psicossociologia, compreendida como o estudo e o trabalho com pequenos grupos.
A maioria dessas práticas tinha, em comum, algo que a Análise Institucional retoma de maneira definitiva: a crítica às instituições. Este movimento se propõe, no dizer de Guilhon de Albuquerque (41), à ruptura da lealdade institucional.
Assim, o termo Análise Institucional acaba por nomear, de um lado, uma determinada concepção do que seja a instituição e uma teoria para sua análise e, de outro, uma forma de intervenção que visa a transformá-la, provocando-a, revelando sua estrutura (42), subvertendo-a.
Se as implicações práticas desse modelo deixam a desejar àqueles mesmos que o criaram e o efetivaram, isto não nos impede de conhece-lo (até suas criticas), para, inclusive, redimensionar tais críticas a partir de nossa realidade social e profissional.
No momento em que nos dispomos a entender esse movimento, tomamos Lapassade, entre tantos, como objeto de estudo. Por quê? Lapassade se encontra na origem do pensamento e da prática de Análise Institucional.
Em meio a todo esse movimento do pensamento e da ação, questiona o que ele mesmo propõe, até não mais permitir que esta Análise Institucional se sustente enquanto proposta teórica e de atuação.
Vejamos, no