Analise forense
Introdução
Crimes bárbaros infelizmente acontecem todos os dias. Muitos se impressionam, tanto no cinema como na vida real, quando vêem o sangue da vítima. Há quem até desmaie. Cenas de crimes realizados com faca, arma de fogo e outras são muito traumatizantes. Mas o perito, por mais estranho que possa parecer, está acostumado com isto, e um de seus objetivos na análise da cena do crime é achar evidência de sangue. As técnicas de investigação com recursos científicos remontam ao século I, quando o romano Quintiliano descobriu que um homem assassinou a própria mãe depois de analisar vestígios de sangue nas mãos do culpado. De lá para cá os avanços no conhecimento científico deram suporte às investigações das mais diversas evidências.
Para fins de ilustração, na imagem acima, à esquerda, temos uma cena não muito agradável, confesso, mas, infelizmente, retrata a realidade do mundo em que vivemos. A imagem mostra dois corpos e diversos cartuchos de arma de fogo deflagrados, além de manchas de sangue na parede. Já à direita temos o diagrama de um perito que tem por objetivo destacar e relacionar as evidências da cena do crime, a fim de entender como tudo aconteceu. Existem situações em que a mancha de sangue é evidente. Localiza-se, por exemplo, próximo ao corpo alvejado por um disparo de arma de fogo. Contudo, há casos em que a mancha não é explicita. Existe a possibilidade, também, de que o criminoso limpe a cena do crime. Como detectar rastros de sangue, se estes não são visíveis a olho nu? Este segundo artigo da série sobre Ciência Forense irá versar sobre algumas técnicas de identificação de sangue, bem como a ciência envolvida nos procedimentos. A técnica com luminol terá destaque, sendo explorada em um capítulo à parte que irá tratar sobre a análise de um fenômeno muito bonito da química: a quimiluminescência. Boa leitura!
CHEMELLO, E. Química Virtual, janeiro (2007) Página 1
Ciência Forense: manchas de sangue
O