Análise de poemas, Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos: a marca da angústia e do pessimismo

Os poemas “Psicologia de um vencido” e “O Deus-Verme”, do autor Augusto dos Anjos, trazem a morte e suas dimensões físicas, a angústia e a linguagem científica expondo essencialmente elementos da natureza como principais características. No poema “Psicologia de um vencido” o eu lírico trata da alma e a existência humana, usando termos fortes para falar da morte. Já em “O Deus-Verme” tem Deus como o centro do universo, o criador, demonstrando sua supremacia e ao mesmo tempo comparando-o com um verme.
Utilizando-se de uma linguagem com elementos naturais, o poema “Psicologia de um vencido”, expressa um teor melancólico em relação ao homem, chamando-o de “verme”, e mais a frente, ele usa um termo forte seguido de funções corporais, que é de total característica desse escritor paraibano.
Já em seu poema “O Deus-Verme”, ele usa da mesma linguagem científica para demonstrar um teor de melancolia, expressando a morte em seu aspecto biológico, colocando o “verme” como o fim de tudo, já que após a morte, o corpo iria-se decompor e o verme se alimentar dos restos. Ele expõe o ciclo evolutivo com o fim na putrefação do corpo através dos vermes.
No entanto, os poemas lidos para serem analisados, demonstram o verdadeiro sentido dos escritos de Augusto dos Anjos, grande poeta, que escreve com um teor angustiante com uma linguagem cientifica, com elementos naturais, tais como o carbono, amoníaco, e também utiliza de uma linguagem culta como acérrimo e antropocentrismo.

Colégio Central de Ensino – CE
Caio Benjamin Lima Simplício
Sandy Kelly Lino Vieira

AUGUSTO DOS ANJOS: A MARCA DA ANGÚSTIA E DO PESSIMISMO

Aroeiras – PB
Maio de 2014