Almeida Garrett

Almeida Garrett
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Ana Lúcia Silva

João Baptista da Silva Leitão de Almeida Garret
-nasceu a 4 de Fevereiro de 1799 e faleceu a 9 de Dezembro de 1854;
-Português poeta, dramaturgo, romancista e político; -É um dos escritores do século
XIX mais lidos em Portugal que continua a influenciar as gerações futuras da literatura portuguesa. Principais obras •
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Camões (1825)
Dona Branca (1826)
Adozinda (1828)
Catão (1828)
Romanceiro (1843)
Cancioneiro Geral (1843)
Frei Luis de Sousa (1844)
Flores sem Fruto (1844)
D’o Arco de Santana (1845)
Folhas Caídas (1853)

poema

GOZO E DOR

Se estou contente, querida,
Com esta imensa ternura
De que me enche o teu amor
Não. Ai não; falta-me a vida;
Sucumbe-me a alma à ventu
O excesso de gozo é dor.
Dói-me alma, sim; e a tristeza
Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.

É que não há ser bastante
Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração.
Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em mim Ou a vida ou a razão.

Análise

Se estou contente, querida
Com esta imensa ternura
De que me enche o teu amor
Não. Ai não; falta-me a vid
Sucumbe-me a alma à ventu
O excesso de gozo é dor.
Dói-me alma, sim; e a tristeza
Vaga, inerte e sem motivo,
No coração me poisou.
Absorto em tua beleza,
Não sei se morro ou se vivo,
Porque a vida me parou.

É que não há ser bastante Para este gozar sem fim
Que me inunda o coração. Tremo dele, e delirante
Sinto que se exaure em

O PAÍS É PEQUENO E A GENTE QUE NELE VIVE TAMBÉM NÃO É
GRANDE.
Almeida Garrett