Alexiti

Alexitimia: Dificuldade de Expressão ou Ausência de Sentimento?

Luís Freire inicia o artigo com um resumo revelando o objetivo do texto: diferenciar sentimentos de emoções, com a ajuda dos pensamentos de Ledoux e Damásio. E tal intuito fundamentara a abordagem sobre o conceito e as origens da alexitimia, para concluir que no alexitimico as emoções ocorrem de maneira normal, porem seus sentimentos não são desenvolvidos efetivamente.
Encontrar a diferença entre emoção e sentimento ainda é uma trajetória nebulosa, complicada e complexa, pois são dois termos geralmente confundidos e tratados como sinônimos até por especialistas. Cada ser humano tem sua maneira de expressar suas emoções e seus sentimentos, alguns possuem certa facilidade, enquanto outros apresentam uma maior dificuldade. A alexitimia foi, recentemente, definida como sendo a incapacidade de expressar emoções. No cérebro, as estruturas envolvidas com a emoção se interligam intensamente e nenhuma delas é exclusivamente responsável por este ou aquele tipo de estado emocional. Para Ledoux os vários tipos de emoções são regulados por sistemas neurais característicos, os quais são envolvidos no instinto de sobrevivência (um dos mais rudimentares comportamentos em humanos e animais). E também para Damásio o processamento de emoção é feito por diversos sistemas distintos e não apenas por um único sistema cerebral.
Ledoux afirma que a dificuldade de conceituação e compreensão da emoção é agravada pela diversidade de concepções, tanto as feitas por teóricos quanto por literários. Alguns autores assemelham a emoção com a percepção de cores, um evento diretamente perceptível em condição consciente e estabelecido em experiências assimiladas e anexadas. Já outros, acreditam que a emoção possui um componente biofisiológico (involuntário e raramente consciente) e um componente experimental-cognitivo (raramente inconsciente e executando em categorias distintas). Para Ledoux e Damasio, emoção consciente, além de