Adminitrador
Algumas grandes e bem sucedidas empresas multinacionais de bens de consumo não-duráveis instaladas no Brasil costumam viver uma situação de duplicidade. Têm marcas com décadas de vida e liderança ou posição de destaque no mercado, mas não deixam de apresentar um bom volume de lançamentos para o mercado, sejam extensões de linha ou marcas completamente novas para o consumidor. Suas marcas têm reconhecimento e lembrança por parte do consumidor, possuem rede de distribuição, usufruem baixos índices de ruptura (falta de produto), ficam em locais nobres nos pontos-de-venda e usualmente apreçam acima da média das categorias em que atuam. Essas informações foram extraídas dos dados apresentados no relatório de Pesquisa de Participação de Mercado A/C
Nielsen de fevereiro-março de 2008, realizado bimestralmente pelo instituto de pesquisa A/C Nielsen, abrangendo diversas categorias de bens de consumo no
Brasil. Mesmo com tantas forças mercadológicas, tais empresas necessitam de constantes lançamentos de produtos, para garantir o futuro, a lucratividade e a sobrevivência no longo prazo, revigorando e mantendo a vantagem mercadológica.
Aí se formam expectativas de resultados imediatos, que podem não ocorrer, criando um descompasso entre esforço, percepção, trabalho e a realidade dos novos produtos. Unilever e Diageo, pesquisadas nesta dissertação, costumam apresentar constantemente lançamentos.
Ambas
têm
departamentos
dedicados
ao
gerenciamento de novos produtos. Elas têm departamentos específicos de pesquisa e verbas destinadas para ter maior acesso às informações do mercado. Buscam, de modo rápido, entender as demandas dos consumidores, saindo na frente dos concorrentes. Há o envolvimento de diversos setores, como pesquisa, marketing, jurídico, fiscal, logística, finanças, produção e planejamento, no desenvolvimento de seus lançamentos. Em comum, elas têm diversos produtos líderes de mercado. A