Adaptação do individuo ao trabalho

Os fatores de personalidade estabelecidos pelos estudos do modelo Big Five aparecem com freqüência em praticamente todos os ambientes multiculturais, sendo que as diferenças culturais podem variar de país para outro por meio da ênfase dada em cada dimensão. Por meio desse modelo, é possível estudar o foco dos indivíduos de certa organização e repensar se existe compatibilidade de sua personalidade com a tarefa que desempenha. É por meio dessa análise de personalidade que se torna possível refletir sobre adequação do indivíduo ao trabalho e/ou à organização. Há mais ou menos 25 anos atrás, o foco básico das organizações, ao pensarem em como poderia ser efetivo para o setor analisar os tipos de personalidade de seus funcionários, era no seu uso como meio de ajuste do interior do indivíduo a algum tipo de tarefa específica, conseqüentemente induzindo a uma forma de especialização do trabalho com o intuito de aumentar a produtividade individual, mas ao mesmo tempo limitando-o a uma única função e somente essa, tornando-o inflexível pra outras atividades. Naquela época, não havia tanta preocupação em adaptar-se a constantes mudanças no ambiente, lidar com falta de pessoal para determinada tarefa ou induzir a busca de inovação no chão na fábrica, ao contrario dos tempos atuais, o que não permite mais uma abordagens a respeito de personalidade com enfoque somente na tarefa como foi já foi feito. Por isso o escopo do interesse se ampliou para o ajuste entre o indivíduo e a organização, visando atender as demandas atuais do setor operacional de forma mais rápida e com menos estresse, mas esse é um assunto que veremos mais adiante. Nos estudos feitos sobre as atribuições de personalidade, foi observado que a intensidade de demanda de um cargo pode influenciar diretamente na relação de determinadas características de personalidade do funcionário com seu desempenho no trabalho. Pensando nisso, John Holland criou a chamada Teoria de Adequação da Personalidade