Trabalho etnografico

Trabalho Etnográfico sobre Educação Inclusiva de Alunos Surdos¹ no Ensino Superior
Introdução:
O presente estudo tem como questão central a análise das ocorrências interativas que alunos surdos estabelecem com seus professores e colegas ouvintes no interior das classes comuns. Isto é, pretende-se examinar como tem se dado a inserção desses alunos no contexto da classe comum onde a grande maioria é ouvinte e usuário de uma língua falada.
Focaliza-se um grupo de 23 alunos, sendo um deles surdo, que frequentam a faixa escolar de Graduação em uma faculdade particular do município do Rio de Janeiro. A seleção do aluno para compor este estudo se deu em função de ter uma vida escolar comum que se iniciou em uma mesma escola especial, mas que ao terminar o Ensino Médio, foi redirecionado, “integrado/incluído” à rede regular por não existir uma faculdade voltada só para a comunidade surda.
Este trabalho consistiu na observação etnográfica e também na obtenção de respostas em entrevistas com professores, alunos e interpretes dessa faculdade. O trabalho de campo abrange um período de observação dos mesmos no contexto da classe comum. As observações se deram nas salas regulares, durante aulas de diferentes disciplinas, no mês de Junho de 2013. A forma de registro foi do tipo diário de campo, com anotações cursivas de ocorrências relevantes para este estudo. Objetivaram verificar como esses indivíduos – professores, “ouvintes” e surdo- estão vivenciando a experiência da inclusão em sua faculdade e suas dificuldades. Recompensaremos o campo com possíveis sugestões para solução de problemas e para tornar o processo de inclusão mais efetivo.
Desenvolvimento
O trabalho de campo começou a se desenvolver no INES (Instituto Nacional de Educação de Surdos), ao começarmos a nos comunicarmos com os alunos, constatamos que o maior medo deles não era o que acontecia ali e sim o que iria acontecer quando o ensino médio acabasse. A partir desse dado, mudamos o nosso foco e