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RESUMO
A Lei 10.216/01, que trata de saúde mental, prevê duas formas de internação psiquiátrica independente do querer do narcótico, trataremos aqui da compulsória, que ocorre através de ordem judicial. Ela está ocasionando grande polêmica na sociedade.
Perguntasse se o governo está apenas tentando retirar os viciados das ruas ou está tentando de fato tratá-los. Isso é importante porque a lei que autoriza a internação também estabelece que ela deva ter como objetivo a “reinserção social do paciente em seu meio" e não que ela seja usada como pena, dito isso analisaremos os prós e os contras dessa lei.

Palavras-chave: internação, compulsória, dependentes químicos e cracolândia.

INTRODUÇÃO
Substâncias entorpecentes como o crack, maconha, cocaína e heroína dentre outras deixam o corpo humano muito debilitado devido à agressividade de seus efeitos colaterais que tornam o individuo dependentes e incapazes de dimensionar a gravidade de suas atitudes, de seu modo de vida e da periculosidade que oferecem a si mesmo e a sociedade.
Em março de 2012 acompanhou-se através da mídia o lançamento de mais uma política pública do governo na área da saúde e da assistência social que prevê a internação compulsória de dependentes químicos.
Atualmente temos escutado com muita incidência a expressão internação compulsória que é aquela na qual o indivíduo é internado contra a sua vontade, por meio de uma intervenção do Estado, estar prevista no Código Civil desde 2001 pela Lei da Reforma Psiquiátrica 10.216.
A questão da internação compulsória como uma política pública ganhou destaque com o deputado federal Eduardo Da Fonte (PP-PE), de acordo com sua proposta a internação seria legitimada com o atestado de um profissional da saúde. A consequência seria uma maior abrangência, principalmente dos dependentes que vão parar nas ruas, sair recolhendo os usuários que estão nas cracolândias (praças públicas), seja por vontade própria ou expulsos de casa pelas famílias, a partir